SERMÕES

A TRAJETÓRIA DE UM CAMPEÃO

Gn 37.31-36
INTRODUÇÃO
José é um referencial para todo aquele que quer viver, uma vida de vitória, muitas vezes passamos por momentos indesejaveis, não gostariasmos de passar por isso, porém Deus muitas vezes, permite que passamos, para apreendermos a sermos dependentes Dele.
Todo cristão fiel, que renuncia as coisas desse mundo para ter a vida eterna, passa por muitas circunstâncias em sua vida. A momentos de grande alegria, onde está tudo bem, mas a também os momentos difíceis, onde não entendemos o porque de algumas situações em nossas vidas, onde ficamos angustiados. Mas em todas as situações Deus tem um propósito.

1 - NA OBEDIÊNCIA TEMOS SURPRESAS ( Gn 37.13,14 )
Jacó mandou José para ver como estavam seus irmãos, que apascentavam o rebanho, e José não questionou, disse eis-me aqui.
José era um filho obediente. Que nós também venhamos a ser obedientes a Deus,  renunciando os prazeres desse mundo e dizendo eis-me aqui Senhor, para fazer a tua vontade, mesmo sabendo que o inimigo vai se levantar contra nossa vida para tentar nos destruir.

2 - A DIFICULDADE VEM, NINGÉM ESTÁ IMUNE
José passou momentos de terror em silêncio, crendo em Deus somente.
Quando os irmãos de José o viram, conspiraram contra ele para matá-lo, pois o invejavam, pois ele era um sonhador, um bom filho, que estava sendo tratado de maneira diferenciada por seu pai, que conhecia o trabalhar de Deus, e sabia que José teria um futuro promissor. Então, seus irmãos o jogaram em uma cisterna de água que estava vazia para que morresse ali. Porêm, vendo uma caravana que ali passava, o venderam.
Imagine a tristeza que invadiu o coração de José. A Bíblia não relata que ele tenha reagido. Ele ficou calado, confiou só em Deus. Assim deve ser conosco. Às vezes passamos a prova calados, mas devemos confiar só em Deus, pois em tudo ele tem um propósito.

3 -  ENGANANDO E SENDO ENGANADO
Os irmãos de José mataram um cabrito e sujaram com sangue a túnica colorida que Jacó tinha dado a José, e disseram a Jacó que uma fera o tinha matado.
Creio que uma tristeza profunda invadiu o coração de Jacó. Ele não entendeu o porque da morte de seu filho mais amado, então ele chorou por muitos dias.
Talvez como Jacó você tem entrado no teu quarto sozinho e às vezes não consegue nem orar, somente chora. Talvez sua alma esteja abatida por algum fato ocorrido, mas não esqueça, em tudo Deus tem um propósito, ele é fiel.

4 - VENDERAM JOSÉ  
Ele permaneceu fiel a Deus.Os irmão de José estavam encaminhando ele para ser honrado, José estava no propósito de Deus.
Não pensou que Deus tinha lhe abandonado, que não valia a pena ser fiel, que era perca de tempo servir a Deus, ele permaneceu fiel.
Mesmo em meio a prova devemos permanecer fiéis a Deus e resistir as astutas ciladas do inimigo ( Gn 39 ).
José foi vendido a Potifar, oficial de Faraó, capitão da guarda. José foi mordomo na casa de Potifar e conquistou a confiança do mesmo. Mas a mulher de Potifar , vendo que José crescia em formosura, pediu para que José se deitasse com ela, porém ele recusou muitas vezes. Certa vez ela pediu e José recusou e correu. A mulher de Potifar então pegou sua capa e disse que José quis se deitar com ela. Potifar ouvindo isso jogou José no cárcere.
Como José temos que resistir as tentações do inimigo para que venhamos a ser vencedores, temos que ser fiel a Deus até o fim.

5- DEUS NÃO NOS ABANDONA
Deus não nos abandona jamais, por isso temos que fazer a diferença onde estivermos    ( Gn 39.22,23 ).
Deus não abandonou José em nenhum momento, mesmo no cárcere Deus o abençoava. José interpretou os sonhos do padeiro e do copeiro do Faraó, que também estavam presos, e interpretando o sonho do copeiro disse que ele teria seu cargo restituído em três dias,  e ao padeiro que o mesmo seria morto em três dias. E assim aconteceu.
Deus não nos abandona mesmo em meio a dificuldades.
A mudança começa quando começamos a entender o querer de Deus em nossas vidas        ( Gn 41 ).
Depois de dois anos Faraó teve um sonho que ninguém conseguiu interpretar, então o copeiro lembrou de José e Faraó o tirou da prisão. José interpretou o sonho de Faraó, dizendo que haveriam 7 anos de abundância e 7 anos de fome no Egito. Faraó ouvindo isto colocou José como governador do Egito, para livrar a nação da fome.

 6- JOSÉ DEUS A VOLTA POR CIMA
A situação mudou para José, que de prisioneiro virou  governador. José foi  abençoado porque foi fiel e soube esperar o tempo de Deus. Vale a pena esperar em Deus.
Quando veio a fome sobre o Egito, os irmãos de José foram buscar comida a pedido de seu pai. José então se revelou , não tendo raiva dos seus irmãos, ao contrário,lhes perdoando, pois Deus permitiu tudo acontecer para salvar seu pai, sua família e para crescer em segurança o povo de Deus.
Como José temos que permanecer firmes, porque tudo que Deus permite ele tem um propósito, pois nosso Deus é fiel. Da mesma maneira,  temos de ser fiéis a ele também, pois assim teremos a vitória.
José em nenhum momento reclamou com Deus, mas , se reclamasse, creio que seria assim a resposta.
Deus falando....José, eu nunca lhe abandonei. Como você acha que não se machucou quando caiu da cisterna? Foi minha mão que o segurou. Como você não morreu de insolação no deserto? Foi minha mão que fez abrigo sobre sua cabeça. Porque você não caiu em tentação com a mulher de Potifar? Porque meu Espírito o fortalecia. Porque você se sobresaiu na prisão? Porque eu estava com você. Porque você intepretava os sonhos? Porque eu lhe dava sabedoria. Porque você passou por todas as provações? Para ser o líder que você virou, e para que o povo de Israel crescesse em uma terra prospera e segura...
CONCLUSÃO
Há circunstâncias em nossas vidas que não entendemos o trabalhar de Deus, mas basta ficarmos firmes, que o Seu propósito em nós se efetuará.
AUTORIA:ELIEL CRUZ Adaptado

AS QUATRO LUZES PARA UMA DECISÃO


Antes de qualquer outra coisa, lembre-se:

Não se deve tomar uma decisão quando se está:
a) Profundamente desapontado.
b) Fisicamente exausto.
c) Irado.
d) Muito abatido e deprimido.
e) Com perspectiva de derrota.
 
Nestas circunstâncias é melhor dizer:
“-Ainda não tenho uma decisão. Preciso de mais tempo.”
01) Primeira luz:  Oração
      Leia Mateus 7.7-8 e Filipenses 4.7
      Orar é falar com Deus, intimamente.
      Na intimidade com Deus, o coração encontra paz nas tomadas de decisão.

 02) Segunda luz:  As circunstâncias
       Todas elas devem ser analisadas com profundidade. Todos os prós e os contras devem ser levados em consideração. Não despreze nenhum fator.
 03) Terceira luz:  Os conselheiros.
       Provérbios 11.14 e 15.22.
       Não o conselho de uma pessoa qualquer, mas de cristãos experientes e, de preferência, de pessoas que pensam diferente de você.
 04) Quarta luz: As promessas de Deus para sua vida
       Peça a Deus um texto bíblico que o oriente nesta decisão.
       Se o texto lhe disser "não", que seja não!
       Se o texto for uma promessa de Deus para sua vida, firme-se nesta Palavra, pois:
      A paz pode sair do coração.
      As circunstâncias podem mudar.
      Os conselheiros podem mudar.
      Mas, a Palavra de Deus jamais mudará.

Com as 4  luzes verdes, siga em frente, com fé.

Autoria: Pr Silvado  (adaptado)
       

DEUS

Ao longo da história da humanidade a ideia ou compreensão de Deus assumiu várias concepções em todas sociedades e grupos já existentes, desde as primitivas formas pré-clássicas das crenças provenientes das tribos da Antiguidade até os dogmas das modernas religiões da civilização atual.
Deus muitas vezes é expressado como o criador e Senhor do universo. Teólogos tem relacionado uma variedade de atributos para concepções de Deus muito diferentes. Os mais comuns entre essas incluem onisciência, onipotência, onipresença, benevolência (bondade perfeita), simplicidade divina, zelo, sobrenatural, eternidade e de existência necessária.
Deus também tem sido compreendido como sendo incorpóreo, um ser com personalidade divina, a fonte de toda a obrigação moral, e o "maior existente".[1]
Estes atributos foram todos suportados em diferentes graus anteriormente pelos filósofos teológicos judeus, cristãos e muçulmanos, incluindo Rambam,[2]Agostinho de Hipona[2] e Al-Ghazali,[3] respectivamente. Muitos filósofos medievais notáveis desenvolveram argumentos para a existência de Deus,[3] tencionando combater as aparentes contradições implicadas por muitos destes atributos.

Índice

[esconder]

[editar] Etimologia e uso

Tanto a forma capitalizada do termo Deus, quanto seu diminutivo, que vem a simbolizar divindades, deidades em geral, tem origem no termo latino para Deus, divindade ou deidade. Português é a única língua românica neolatina que manteve o termo em sua forma nominativa original com o final do substantivo em "us", diferentemente do espanhol dios, francês dieu, italiano dio e do romeno, língua que distingue Dumnezeu, criador monoteísta e zeu, ser idolatrado.
O latim Deus e divus, assim como o grego διϝος = "divino" descendem do Proto-Indo-Europeu*deiwos = "divino", mesma raiz que Dyēus, a divindade principal do panteão indo-europeu, igualmente cognato do grego Ζευς (Zeus). Na era clássica do latim o vocábulo era uma referência generalizante a qualquer figura endeusada e adorada pelos pagãos e atualmente no mundo cristão é usada hodiernamente em frases e slogans religiosos, como por exemplo, Deus sit vobiscum, variação de Dominus sit vobiscum, "o Senhor esteja convosco",o hino litúrgico católico Te Deum, proveniente de Te Deum Laudamus, "A Vós, ó Deus, louvamos"e a expressão que advém da tragédia grega Deus ex machina. Virgílio com Dabit deus his quoque finem, "Deus trará um fim à isto". O grito de guerra utilizado no Império Romano Tardio e no Império Bizantino, nobiscum deus, "Deus está conosco", assim como o grito das cruzadas Deus vult, "assim quer Deus", "esta é a vontade de Deus".
Em latim existiam as expressões interjectivas "O Deus meus" e "Mi Deus", correspondentes às seguintes formas neolatinas e germânicas:
  • Português: (Oh) meu Deus! (Ah) meu Deus! Deus meu!
  • Catalão: Déu meu!
  • Castelhano: ¡(Ay) Dios mio!
  • Aragonês: Ai ridiós!
  • Francês: (Oh) Mon Dieu!
  • Bretão: Ma Doue!
  • Italiano: Dio Santo! Dio mio!
  • Romeno: (O) Doamne! Dumnezeule!
  • Inglês: Oh my God! As variações Oh my Gosh!, Oh, My! Oh my Goodness! se dão devido ao forte tabu cristão.
  • Alemão: (Ach)/(O) mein Gott!
  • Holandês: O, mijn God!
  • Dinamarquês: Åh Gud!
  • Norueguês: Herregud! Herre Gud!
  • Sueco: Oh Herregud! Oh min gud!
  • Esperanto: Mia Dio!
Dei é uma forma flexionada ou declinada de Deus, usada em expressões utilizadas pelo Vaticano, como as organizações católicas apostólicas romanas Opus Dei (Obra de Deus, sendo obra oriunda de opera), Agnus Dei (Cordeiro de Deus) e Dei Gratia (Pela Graça de Deus). Geralmente trata-se do caso genitivo ("de Deus"), mas é também a forma plural primária adicionada à variante di. Existe o outro plural, dii, e a forma feminina deae ("deusas").
A palavra Deus, através da forma declinada Dei, é a raiz de deísmo, panteísmo, panenteísmo, e politeísmo, ironicamente tratam-se todas de teorias na qual qualquer figura divina é ausente na intervenção da vida humana. Essa circunstância curiosa originou-se do uso de "deísmo" nos séculos XVII e XVIII como forma contrastante do prevalecente "teísmo".Deísmo é a crença em um Deus providente e interferente.
Seguidores dessas teorias e ocasionalmente, seguidores do panteísmo, podem vir a usar em variadas línguas, especialmente no inglês o termo "Deus" ou a expressão "o Deus" (the God), para deixar claro de que a entidade discutida não trata-se de um Deus teísta. Arthur C. Clarke usou-o em seu romance futurista, 3001: The Final Odyssey. Nele, o termo "Deus" substituiu "God" no longínquo século XXXI, pois "God" veio a ser associado com fanatismo religioso. A visão religiosa que prevalece em seu mundo fictício é o Deísmo.
São Jerônimo traduziu a palavra hebraica Elohim (אֱלוֹהִים, אלהים) para o latim como Deus.
A palavra pode assumir conotações negativas em algumas utilizações. Na filosofia cartesiana, a expressão Deus deceptor é usada para discutir a possibilidade de um "Deus malévolo" que procura iludir-nos. Esse personagem tem relação com um argumento cético que questiona até onde um demônio ou espírito mau teria êxito na tentativa de impedir ou subverter o nosso conhecimento.
Outra é deus otiosus ("Deus ocioso"), um conceito teológico para descrever a crença num Deus criador que se distancia do mundo e não se envolve em seu funcionamento diário.
Um conceito similar é deus absconditus ("Deus absconso ou escondido") de São Tomás de Aquino.
Ambas referem-se à uma divindade cuja existência não é prontamente reconhecida nem através de contemplação ou exame ocular de ações divinas in loco. O conceito de deus otiosus frequentemente sugere um Deus que extenuou-se da ingerência que tinha neste mundo e que foi substituído por deuses mais jovens e ativos que efetivamente se envolvem, enquanto deus absconditus sugere um Deus que conscientemente abandonou este mundo para ocultar-se alhures.
A forma mais antiga de escrita da palavra germânica Deus vem do Codex Argenteus cristão do século VI. A própria palavra inglesa é derivada da Proto-Germânica "ǥuđan". A maioria dos lingüistas concordam que a forma reconstruída da Proto-Indo-Européia (ǵhu-tó-m) foi baseada na raiz (ǵhau(ə)-), que significa também "chamar" ou "invocar".[4]
A forma capitalizada Deus foi primeiramente usada na tradução gótica Wulfila do Novo Testamento, para representar o grego "Theos". Na língua inglesa, a capitalização continua a representar uma distinção entre um "Deus" monoteísta e "deuses" no politeísmo.[5] Apesar das diferenças significativas entre religiões como o Cristianismo, Islamismo, Hinduísmo, a Fé Bahá'í e o Judaísmo, o termo "Deus" permanece como uma tradução inglesa comum a todas. O nome pode significar deidades monoteísticas relacionadas ou similares, como no monoteísmo primitivo de Akhenaton e Zoroastrismo.

[editar] Nome

A palavra Deus no latim, em inglês God e suas traduções em outras línguas como o grego Θεός, eslavo Bog, sânscrito Ishvara, ou arábico Alá são normalmente usadas para toda e qualquer concepção. O mesmo acontece no hebraico El, mas no judaísmo, Deus também é utilizado como nome próprio, o Tetragrama YHVH, que acredita-se referir-se à origem henoteística da religião. Na Bíblia, quando a palavra "Senhor" está em todas as capitais, isto significa que a palavra representa o tetragrama.[6]
Deus também pode receber um nome próprio em correntes monoteísticas do hinduísmo que enfatizam sua natureza pessoal, com referências primitivas ao seu nome como Krishna-Vasudeva na Bhagavata ou posteriormente Vixnu e Hari,[7] ou recentemente Shakti.
É difícil desenhar uma linha entre os nomes próprios e epítetas de Deus, como os nomes e títulos de Jesus no Novo Testamento, os nomes de Deus no Qur'an ou Alcorão ou Corão, e as várias listas de milhares de nomes de Deus e a lista de títulos e nomes de Krishna no Vixnuísmo.
Nas religiões monoteístas atuais (Cristianismo, judaísmo, zoroastrismo, islamismo, sikhismo e a Fé Bahá'í), o termo "Deus" refere-se à ideia de um ser supremo, infinito, perfeito, criador do universo, que seria a causa primária e o fim de todas as coisas. Os povos da mesopotâmia o chamavam pelo Nome, escrito em hebraicoTetragrama YHVH). Mas com o tempo deixaram de pronunciar o seu nome diretamente, apenas se referindo por meio de associações e abreviações, ou através de adjetivos como "O Salvador", "O Criador" ou "O Supremo", e assim por diante. como יהוה (o
Um bom exemplo desse tipo de associação, ainda estão presentes em alguns nomes e expressões hebraicos, como Rafael ("curado por Deus" - El), e árabes, por exemplo Abdallah ("servo - abd - de Deus" - Allah).
Muitas traduções das Bíblias cristãs grafam a palavra, opcionalmente, com a inicial em maiúscula, ou em versalete (DEUS), substituindo a transcrição referente ao tetragrama, YHVH, conjuntamente com o uso de SENHOR em versalete, para referenciar que se tratava do impronunciável nome de Deus, que na cultura judaica era substituído pela pronúncia Adonay.
As principais características deste Deus-Supremo seriam:
  • a Onipotência: poder absoluto sobre todas as coisas;
  • a Onipresença: poder de estar presente em todo lugar; e:
  • a Onisciência: poder de saber tudo.
Essas características foram reveladas aos homens através de textos contidos nos Livros Sagrados, quais sejam:
Esses livros relatam histórias e fatos envolvendo personagens escolhidos para testemunhar e transmitir a vontade divina na Terra ao povo de seu tempo, tais como:

[editar] A existência de Deus

Há milênios, a questão da existência de Deus foi levantada dentro do pensamento do homem, e os principais conceitos filosóficos que investigam e procuram respostas sobre esse assunto, são:
  • Deísmo – Doutrina que considera a razão como a única via capaz de nos assegurar da existência de Deus, rejeitando, para tal fim, o ensinamento ou a prática de qualquer religião organizada. O deísmo é uma postura filosófica-religiosa que admite a existência de um Deus criador, mas rejeita a idéia de revelação divina.

Percentagem de pessoas que, na Europa, afirmaram acreditar num Deus. Note que os países da Europa Oriental de maioria ortodoxaGrécia e Roménia) ou muçulmanoTurquia) apresentam percentagem mais elevadas. (como (
  • Teísmo – O teísmo é um conceito surgido no século XVII,[8] contrapondo-se ao moderno ateísmo, deísmo e panteísmo. O teísmo sustenta a existência de um Deus (contra o ateísmo), ser absoluto transcendental (contra o panteísmo), pessoal, vivo, que atua no mundo através de sua providência e o mantém (contra o deísmo). No teísmo a existência de um Deus pode ser provada pela razão, prescindindo da revelação; mas não a nega. Seu ramo principal é o teísmo Cristão, que fundamenta sua crença em Deus na Sua revelação sobrenatural através da Bíblia. Existe ainda o teísmo agnóstico, que é a filosofia que engloba tanto o teísmo quanto o agnosticismo. Um teísta agnóstico é alguém que admite não poder ter conhecimento algum acerca de Deus, mas decide acreditar em Deus mesmo assim. A partir do teísmo se desenvolve a Teologia, que é encarada principalmente, mas não exclusivamente, do ponto de vista da . Embora tenha suas raízes no teísmo, pode ser aplicada e desenvolvida no âmbito de todas as religiões. Não deve ser confundida com o estudo e codificação dos rituais e legislação de cada credo.
  • Ateísmo – O ateísmo engloba tanto a negação da existência de divindades quanto a simples ausência da crença em sua existência.
  • Agnosticismo – Dentro da visão agnóstica, não é possível provar racional e cientificamente a existência de Deus, como também é igualmente impossível provar a sua inexistência. O agnóstico pode ser teísta ou ateísta, dependendo da posição pessoal de acreditar (sem certeza) na existência ou não de divindades.
Além de estudos de livros considerados sagrados como a Bíblia, muitos argumentam que pode-se conhecer sobre Deus e suas qualidades, observando a natureza e suas criações. Argumentam que existe evidência científica de uma fonte de energia ilimitada, e que esta poderia ter criado a substância do universo, e que por observarem a ordem, o poder e a complexidade da criação, tanto macroscópica quanto microscópica, muitos chegaram a admitir a existência de Deus.

[editar] Concepções de Deus


Detalhe da Capela sistina fresco Criação do sol e da lua por Michelangelo (completada em 1512).
As concepções de Deus variam amplamente. Filósofos e teólogos têm estudado inúmeras concepções de Deus desde o início das civilizações.
As concepções abraâmicas de Deus incluem a visão cristã da trindade, a definição cabalística de Deus do misticismo judaico, e os conceitos islâmicos de Deus.
As religiões indianas diferem no seu ponto de vista do divino: pontos de vista de Deus no hinduísmo variam de região para região, seita, e de casta, que vão desde as monoteístas até as politeístas; o ponto de vista de Deus no budismo praticamente não é teísta.
Nos tempos modernos, mais alguns conceitos abstratos foram desenvolvidos, tais como teologia do processoteísmo aberto. Concepções de Deus formuladas por pessoas individuais variam tanto que não há claro consenso sobre a natureza de Deus.[9] O filósofo francês contemporâneo Michel Henry tem proposto entretanto uma definição fenomenológica de Deus como a essência fenomenológica da vida. e
  • Doutrina espírita – Considera Deus a inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas, eterno, imutável, imaterial, único, onipotente e soberanamente justo e bom. Todas as leis da natureza são leis divinas, pois Deus é seu autor.
  • Martinismo – Nesta doutrina, podemos encontrar no livro Corpus Hermeticum a seguinte citação: "vejo o Todo, vejo-me na mente… No céu eu estou, na terra, nas águas, no ar; estou nos animais, nas plantas. Estou no útero, antes do útero, após o útero -estou em todos os lugares."
  • Teosofia, baseada numa interpretação não-ortodoxa das doutrinas místicas orientais e ocidentais, afirma que o Universo é, em sua essência, espiritual e o homem é um ser espiritual em progresso evolutivo cujo ápice é conhecer e integrar a Realidade Fundamental, que é Deus.
  • Algumas pessoas especulam que Deus ou os deuses são seres extra-terrestres. Muitas dessas teorias sustentam que seres inteligentes provenientes de outros planetas visitaram a Terra no passado e influenciaram no desenvolvimento das religiões. Alguns livros, como o livro "Eram os Deuses Astronautas?" de Erich von Däniken, propõem que tanto os profetas como também os messias foram enviados ao nosso mundo com o objetivo exclusivo de ensinar conceitos morais e encorajar o desenvolvimento da civilização.
  • Especula-se também que toda a religiosidade do homem criará no futuro uma entidade chamada Deus, a qual emergirá de uma inteligência artificial. Arthur Charles Clarke, um escritor de ficção científica, disse em uma entrevista que: "Pode ser que nosso destino nesse planeta não seja adorar a Deus, mas sim criá-Lo".
  • Outros especulam que as religiões e mitos são derivados do medo. Medo da morte, medo das doenças, medo das calamidades, medo dos predadores, medo do desconhecido. Com o passar do tempo, essas religiões foram subjugadas sob a tutela das autoridades dominantes, as quais se transformaram em governantes divinos ou enviados pelos deuses.
    Dessa forma, a religião é simplesmente um meio para se dominar a massa. Napoleão Bonaparte disse que: "o povo não precisa de Deus, mas precisa de religião", o que quer dizer que a massa necessita de uma doutrina que lhe discipline e lhe estabeleça um rumo, sendo que Deus é um detalhe meramente secundário.

[editar] Abordagens teológicas

Teólogos e filósofos atribuíram um número de atributos para Deus, incluindo onisciência, onipotência, onipresença, amor perfeito, simplicidade, e eternidade e de existência necessária. Deus tem sido descrito como incorpóreo, um ser com personalidade, a fonte de todos as obrigações morais, e concebido como o melhor ser existente.[1] Estes atributos foram todos atribuídos em diferentes graus por acadêmicos judeus, cristãos e muçulmanos desde épocas anteriores, incluindo Santo Agostinho,[2]Al-Ghazali[3] e Maimonides.[2]
Muitos argumentos desenvolvidos por filósofos medievais para a existência de Deus,[3] tentaram compreender as implicações precisas dos atributos de Deus. Conciliar alguns desses atributos gerou problemas filosóficos e debates importantes. Por exemplo, a onisciência de Deus implica que Deus sabe como agentes livres irão escolher para agir. Se Deus sabe isso, a aparente vontade deles pode ser ilusória, ou o conhecimento não implica predestinação, e se Deus não sabe, então não é onisciente.[10]
Os últimos séculos de filosofia tem-se visto vigorosas perguntas sobre a argumentos para a existência de Deus levantadas pelos filósofos, tais como Immanuel Kant, David Hume e Antony Flew, apesar de Kant considerar que o argumento de moralidade era válido.
A resposta teísta tem sido de questionamentos, como Alvin Plantinga, que a fé é "adequadamente básica", ou a tomar, como Richard Swinburne, a posição evidencialista.[11] Alguns teístas concordam que nenhum dos argumentos para a existência de Deus são vinculativos, mas alegam que a não é um produto da razão, mas exige risco. Não haveria risco, dizem, se os argumentos para a existência de Deus fossem tão sólidos quanto as leis da lógica, uma posição assumida por Pascal como: "O coração tem razões que a razão não conhece."[12]
A maior parte das grandes religiões consideram a Deus, não como uma metáfora, mas um ser que influencia a existência de cada um no dia-a-dia. Muitos fiéis acreditam na existência de outros seres espirituais, e dão a eles nomes como anjos, santos, djinni, demônios, e devas.

[editar] Teísmo e deísmo

O teísmo sustenta que Deus existe realmente, objetivamente, e independentemente do pensamento humano, sustenta que Deus criou tudo; que é onipotente e eterno, e é pessoal, interessado, e responde às orações. Afirma que Deus é tanto imanente e transcendente, portanto, Deus é infinito e de alguma forma, presente em todos os acontecimentos do mundo.
A teologia católica sustenta que Deus é infinitamente simples, e não está sujeito involuntariamente ao tempo. A maioria dos teístas asseguram que Deus é onipotente, onisciente e benevolente, embora esta crença levante questões acerca da responsabilidade de Deus para o mal e sofrimento no mundo. Alguns teístas atribuem a Deus uma auto-consciência ou uma proposital limitação da onipotência, onisciência, ou benevolência.
O Teísmo aberto, pelo contrário, afirma que, devido à natureza do tempo, a onisciência de Deus não significa que a divindade pode prever o futuro. O "Teísmo" é por vezes utilizado para se referir, em geral, para qualquer crença em um Deus ou deuses, ou seja, politeísmo ou monoteísmo.[13][14]
O Deísmo afirma que Deus é totalmente transcendente: Deus existe, mas não intervém no mundo para além do que era necessário para criá-lo. Em vista desta situação, Deus não é antropomórfico, e não responde literalmente às orações ou faz milagres acontecerem. É comum no deísmo a crença de que Deus não tem qualquer interesse na humanidade e pode nem sequer ter conhecimento dela.
O pandeísmo e o panendeísmo, respectivamente, combinam as crenças do deísmo com o panteísmo ou panenteísmo.

[editar] Posições científicas e críticas a respeito da ideia de Deus

Stephen Jay Gould propôs uma abordagem dividindo o mundo da filosofia no que ele chamou de "magistérios não sobrepostos". Nessa visão, as questões do sobrenatural, tais como as relacionadas com a existência e a natureza de Deus, são não-empíricas e estão no domínio próprio da teologia. Os métodos da ciência devem ser utilizadas para responder a qualquer questão empírica sobre o mundo natural, e a teologia deve ser usada para responder perguntas sobre o propósito e o valor moral. Nessa visão, a percepção de falta de qualquer passo empírico do magistério do sobrenatural para eventos naturais faz da ciência o único ator no mundo natural.[15]
Outro ponto de vista, exposto por Richard Dawkins, é que a existência de Deus é uma questão empírica, com o fundamento de que "um universo com um deus seria um tipo completamente diferente de um universo sem deus, e poderia ser uma diferença científica ".[16]
Carl Sagan argumentou que a doutrina de um Criador do Universo era difícil de provar ou rejeitar e que a única descoberta científica concebível que poderia trazer desafio seria um universo infinitamente antigo.[17]

[editar] Antropomorfismo

Pascal Boyer argumenta que, embora exista uma grande variedade de conceitos sobrenaturais encontrados ao redor do mundo, em geral seres sobrenaturais tendem a se comportar tanto como as pessoas. A construção de deuses e espíritos como as pessoas é um dos melhores traços conhecidos da religião. Ele cita exemplos de mitologia grega, que é, na sua opinião, mais como uma novela moderna do que outros sistemas religiosos.[18] Bertrand du Castel e Timothy Jurgensen demonstram através de formalização que o modelo explicativo de Boyer corresponde ao que a epistemologia física faz ao trabalhar com entidades não diretamente observáveis como intermediários.[19] O antropólogo Stewart Guthrie afirma que as pessoas projetam características humanas para os aspectos não-humanos do mundo, porque isso torna esses aspectos mais familiares. Sigmund Freud também sugeriu que os conceitos de Deus são projeções de um pai.[20]
Da mesma forma, Émile Durkheim foi um dos primeiros a sugerir que os deuses representam uma extensão da vida social humana para incluir os seres sobrenaturais. Em linha com esse raciocínio, o psicólogo Matt Rossano afirma que quando os humanos começaram a viver em grupos maiores, eles podem ter criado os deuses como um meio de garantir a moralidade. Em pequenos grupos, a moralidade pode ser executada por forças sociais, como a fofoca ou a reputação. No entanto, é muito mais difícil impor a moral usando as forças sociais em grupos muito maiores. Ele indica que, ao incluir sempre deuses e espíritos atentos, os humanos descobriram uma estratégia eficaz para a contenção do egoísmo e a construção de grupos mais cooperativos.[21]
O anarquista Mikhail Bakunin critica a idéia de Deus como sendo uma idéia criada pelas elites (reis, senhores de escravos, senhores feudais, sacerdotes, capitalistas) que busca justificar a sociedade autoritária projetando ideologicamente as relações de dominação para o universo como um todo (Deus como senhor ou rei e o universo como escravo ou súdito). A idéia de Deus serviria como um instrumento de dominação cuja função seria fazer os dominados aceitarem sua exploração como se fosse um fato natural, cósmico e eterno, ou seja, um fato do qual não podem fugir, restando-lhes apenas a opção de resignarem-se.[22]

Referências

  1. a b Swinburne, R.G. "God" in Honderich, Ted. (ed)The Oxford Companion to Philosophy, Oxford University Press, 1995.
  2. a b c d Edwards, Paul. "Deus e os filósofos" em Honderich, Ted. (ed)The Oxford Companion to Philosophy, Oxford University Press, 1995.
  3. a b c d Plantinga, Alvin. "Deus, Argumentos para a sua Existência," Enciclopédia Routledge de Filosofia, Routledge, 2000.
  4. A etimologia ulterior é disputada. Aparte da hipótese improvável de adoção de uma língua estrangeira, o OTeut. "ghuba" implica como seu tipo pretérito também "*ghodho-m" ou "*ghodto-m". O anterior não parece admitir explicação; mas o posterior representaria o neutro "pple" da raiz "gheu-". Existem duas raízes arianas da forma requerida ("*g,heu-" with palatal aspirate) uma significando 'invocar' (Skr. "hu") a outra "a derramar, para oferecer sacrifícios" (Skr "hu", Gr. χεηi;ν, OE "geotàn" Yete v). OED Compact Edition, G, p. 267
  5. Michaelis Deus - sm (lat Deus) (em português). "1 O Ser supremo; o espírito infinito e eterno, criador e preservador do Universo. 2 Teol Ente tríplice e uno, infinitamente perfeito, livre e inteligente, criador e regulador do Universo. 3 Cada uma das pessoas da Santíssima Trindade. 4 Indivíduo ou personagem que, por qualidades extraordinárias, se impõe à adoração ou ao amor dos homens. 5 Objeto de um culto, ou de um desejo ardente que se antepõe a todos os outros desejos ou afetos. 6 Cada uma das divindades masculinas do politeísmo. Pl: deuses. Fem: Deusa. Deus-dará: na locução adverbial ao deus-dará: à toa, descuidadamente, a esmo, ao acaso. Nem à mão de Deus Padre: por forma nenhuma, apesar de todas as contradições."
  6. Barton, G. A.. A Sketch of Semitic Origins: Social and Religious. [S.l.]: Kessinger Publishing, 2006.
  7. Hastings 2003, p. 540.
  8. R. Cudworth, 1678.
  9. DOES GOD MATTER? A Social-Science Critique. by Paul Froese and Christopher Bader. Página visitada em 2007-05-28.
  10. Wierenga, Edward R. "Divino conhecimento", em Audi, Robert. The Cambridge Companion to Philosofy. Cambridge University Press, 2001.
  11. Beaty, Michael (1991). "God Among the Philosophers". The Christian Century.
  12. Pascal, Blaise. Pensées, 1669.
  13. Philosophy of Religion.info - Glossary - Theism, Atheism, and Agonisticism. Philosophy of Religion.info. Página visitada em 16 de julho de 2008.
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  19. du Castel, Bertrand. Computer Theology,. Austin, Texas: Midori Press, 2008. pp. 221–222.
  20. Barrett, Justin (1996). "Conceptualizing a Nonnatural Entity: Anthropomorphism in God Concepts" (PDF).
  21. Rossano, Matt (2007). "Supernaturalizing Social Life: Religion and the Evolution of Human Cooperation" (PDF).
  22. Mikhail Bakunin, Deus e o Estado (1882) [1]

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