Um Estudo do Apocalipse de Jesus Cristo
(por Dennis Allan)
(por Dennis Allan)
Jesus Cristo fez questão de revelar e preservar o Apocalipse. Como servos dele, devemos dar importância a este livro, assim como damos a todas as outras Escrituras. O Apocalipse, certamente, apresenta alguns desafios especiais para os leitores modernos, mas não devemos fugir de sua mensagem só porque encontramos algumas dificuldades.
A intenção destes estudos é de ajudar cada participante a adquirir uma compreensão básica do significado do Apocalipse. Para isso, serão necessárias algumas orientações sobre a abordagem do livro, sobre linguagens proféticas e simbólicas, sobre a história do período, etc. Por valorizarmos as próprias Escrituras acima de qualquer fonte extrabíblica, procuraremos sempre informações e exemplos bíblicos para esclarecer o sentido das expressões encontradas neste livro. Estudaremos o Apocalipse e depois, quando possível, consideraremos informações históricas. Não começaremos com a História, e muito menos com as manchetes do dia, para interpretar a palavra de Deus, ou para injetar nossas idéias e especulações sobre as Escrituras. Quando não encontrarmos informações históricas para explicar o sentido de algum aspecto de uma profecia, ainda respeitaremos a veracidade da palavra de Jesus Cristo acima dos registros dos historiadores.
Cada lição incluirá alguns comentários, sugestões de leituras bíblicas e perguntas para frisar pontos importantes e incentivar a leitura.
(pdf) (htm) Capa
(pdf) (htm) Lição 1 - Revelação ou Mistério?
(pdf) (htm) Lição 2 - Uma Vista Panorâmica do Texto do Apocalipse
(pdf) (htm) Lição 3 - Jesus Envia uma Revelação aos Seus Servos (Apocalipse 1:1-8)
(pdf) (htm) Lição 4 - Jesus no Meio dos Candeeiros (Apocalipse 1:9-20)
(pdf) (htm) Lição 5 - A Carta à Igreja em Éfeso (Apocalipse 2:1-7)
(pdf) (htm) Lição 6 - A Carta à Igreja em Esmirna (Apocalipse 2:8-11)
(pdf) (htm) Lição 7 - A Carta à Igreja em Pérgamo (Apocalipse 2:12-17)
(pdf) (htm) Lição 8 - A Carta à Igreja em Tiatira (Apocalipse 2:18-29)
(pdf) (htm) Lição 9 - A Carta à Igreja em Sardes (Apocalipse 3:1-6)
(pdf) (htm) Lição 10 - A Carta à Igreja em Filadélfia (Apocalipse 3:7-13)
(pdf) (htm) Lição 11 - A Carta à Igreja em Laodicéia (Apocalipse 3:14-22)
(pdf) (htm) Lição 12 - A Visão do Trono de Deus (Apocalipse 4:1-11)
(pdf) (htm) Lição 13 - Digno É o Cordeiro (Apocalipse 5:1-14)
(pdf) (htm) Lição 14 - O Cordeiro Abre os Primeiros Seis Selos (Apocalipse 6:1-17)
(pdf) (htm) Lição 15 - Os Servos que Pertencem a Deus (Apocalipse 7:1-17)
(pdf) (htm) Lição 16 - As Primeiras Quatro Trombetas (Apocalipse 8:1-13)
(pdf) (htm) Lição 17 - A Quinta e a Sexta Trombetas (Apocalipse 9:1-21)
(pdf) (htm) Lição 18 - Os Sete Trovões e o Livrinho (Apocalipse 10:1-11)
(pdf) (htm) Lição 19 - O Santuário e as Duas Testemunhas (Apocalipse 11:1-13)
(pdf) (htm) Lição 20 - A Sétima Trombeta (Apocalipse 11:14-19)
(pdf) (htm) Lição 21 - A Derrota do Dragão (Apocalipse 12:1-17)
(pdf) (htm) Lição 22 - A Besta Emerge do Mar (Apocalipse 13:1-10)
(pdf) (htm) Lição 23 - A Besta Emerge da Terra (Apocalipse 13:11-18)
(pdf) (htm) Lição 24 - O Cordeiro e os Remidos no Monte Sião (Apocalipse 14:1-5)
(pdf) (htm) Lição 25 - As Grandes Vozes (Apocalipse 14:6-20)
(pdf) (htm) Lição 26 - Deus Envia os Sete Flagelos (Apocalipse 15:1-8)
(pdf) (htm) Lição 27 - Os Anjos Derramam as Suas Taças (Apocalipse 16:1-21)
(pdf) (htm) Lição 28 - Babilônia: A Grande Meretriz (Apocalipse 17:1-18)
(pdf) (htm) Lição 29 - Caiu! Caiu a Grande Babilônia (Apocalipse 18:1-24)
(pdf) (htm) Lição 30 - São Chegadas as Bodas do Cordeiro (Apocalipse 19:1-10)
(pdf) (htm) Lição 31 - Jesus Vence as Bestas (Apocalipse 19:11-21)
(pdf) (htm) Lição 32 - Jesus Vence o Dragão (Apocalipse 20:1-10)
(pdf) (htm) Lição 33 - O Julgamento Diante do Trono Branco (Apocalipse 20:11-15)
(pdf) (htm) Lição 34 - A Nova Jerusalém (Apocalipse 21:1 - 22:5)
(pdf) (htm) Lição 35 - Palavras Fiéis e Verdadeiras (Apocalipse 22:6-21)
(pdf) (htm) Tabela: Os Primeiros Imperadores Romanos
(pdf) (htm) Apocalipse: Índice
(pdf) (htm) Lição 1 - Revelação ou Mistério?
(pdf) (htm) Lição 2 - Uma Vista Panorâmica do Texto do Apocalipse
(pdf) (htm) Lição 3 - Jesus Envia uma Revelação aos Seus Servos (Apocalipse 1:1-8)
(pdf) (htm) Lição 4 - Jesus no Meio dos Candeeiros (Apocalipse 1:9-20)
(pdf) (htm) Lição 5 - A Carta à Igreja em Éfeso (Apocalipse 2:1-7)
(pdf) (htm) Lição 6 - A Carta à Igreja em Esmirna (Apocalipse 2:8-11)
(pdf) (htm) Lição 7 - A Carta à Igreja em Pérgamo (Apocalipse 2:12-17)
(pdf) (htm) Lição 8 - A Carta à Igreja em Tiatira (Apocalipse 2:18-29)
(pdf) (htm) Lição 9 - A Carta à Igreja em Sardes (Apocalipse 3:1-6)
(pdf) (htm) Lição 10 - A Carta à Igreja em Filadélfia (Apocalipse 3:7-13)
(pdf) (htm) Lição 11 - A Carta à Igreja em Laodicéia (Apocalipse 3:14-22)
(pdf) (htm) Lição 12 - A Visão do Trono de Deus (Apocalipse 4:1-11)
(pdf) (htm) Lição 13 - Digno É o Cordeiro (Apocalipse 5:1-14)
(pdf) (htm) Lição 14 - O Cordeiro Abre os Primeiros Seis Selos (Apocalipse 6:1-17)
(pdf) (htm) Lição 15 - Os Servos que Pertencem a Deus (Apocalipse 7:1-17)
(pdf) (htm) Lição 16 - As Primeiras Quatro Trombetas (Apocalipse 8:1-13)
(pdf) (htm) Lição 17 - A Quinta e a Sexta Trombetas (Apocalipse 9:1-21)
(pdf) (htm) Lição 18 - Os Sete Trovões e o Livrinho (Apocalipse 10:1-11)
(pdf) (htm) Lição 19 - O Santuário e as Duas Testemunhas (Apocalipse 11:1-13)
(pdf) (htm) Lição 20 - A Sétima Trombeta (Apocalipse 11:14-19)
(pdf) (htm) Lição 21 - A Derrota do Dragão (Apocalipse 12:1-17)
(pdf) (htm) Lição 22 - A Besta Emerge do Mar (Apocalipse 13:1-10)
(pdf) (htm) Lição 23 - A Besta Emerge da Terra (Apocalipse 13:11-18)
(pdf) (htm) Lição 24 - O Cordeiro e os Remidos no Monte Sião (Apocalipse 14:1-5)
(pdf) (htm) Lição 25 - As Grandes Vozes (Apocalipse 14:6-20)
(pdf) (htm) Lição 26 - Deus Envia os Sete Flagelos (Apocalipse 15:1-8)
(pdf) (htm) Lição 27 - Os Anjos Derramam as Suas Taças (Apocalipse 16:1-21)
(pdf) (htm) Lição 28 - Babilônia: A Grande Meretriz (Apocalipse 17:1-18)
(pdf) (htm) Lição 29 - Caiu! Caiu a Grande Babilônia (Apocalipse 18:1-24)
(pdf) (htm) Lição 30 - São Chegadas as Bodas do Cordeiro (Apocalipse 19:1-10)
(pdf) (htm) Lição 31 - Jesus Vence as Bestas (Apocalipse 19:11-21)
(pdf) (htm) Lição 32 - Jesus Vence o Dragão (Apocalipse 20:1-10)
(pdf) (htm) Lição 33 - O Julgamento Diante do Trono Branco (Apocalipse 20:11-15)
(pdf) (htm) Lição 34 - A Nova Jerusalém (Apocalipse 21:1 - 22:5)
(pdf) (htm) Lição 35 - Palavras Fiéis e Verdadeiras (Apocalipse 22:6-21)
(pdf) (htm) Tabela: Os Primeiros Imperadores Romanos
(pdf) (htm) Apocalipse: Índice
As parábolas de Jesus:
Vislumbres do Paraíso
Por Que Parábolas?
Lições Que Apagaram as Luzes
Encontrando Nosso Caminho Através das Parábolas
Jesus Tinha Uma Palavra Para Isso
Vislumbres do Paraíso
Por Que Parábolas?
Lições Que Apagaram as Luzes
Encontrando Nosso Caminho Através das Parábolas
Jesus Tinha Uma Palavra Para Isso
Um Convite à Alegria
Vinho Novo em Odres Velhos
Corações Expansíveis
A Parábola do Semeador: Estudo Especial
Vinho Novo em Odres Velhos
Corações Expansíveis
A Parábola do Semeador: Estudo Especial
O pródigo que ficou em casa
Ao longo da história da humanidade a ideia ou compreensão de Deus assumiu várias concepções em todas sociedades e grupos já existentes, desde as primitivas formas pré-clássicas das crenças provenientes das tribos da Antiguidade até os dogmas das modernas religiões da civilização atual.
Deus muitas vezes é expressado como o criador e Senhor do universo. Teólogos tem relacionado uma variedade de atributos para concepções de Deus muito diferentes. Os mais comuns entre essas incluem onisciência, onipotência, onipresença, benevolência (bondade perfeita), simplicidade divina, zelo, sobrenatural, eternidade e de existência necessária.
Deus também tem sido compreendido como sendo incorpóreo, um ser com personalidade divina, a fonte de toda a obrigação moral, e o "maior existente".[1]
Estes atributos foram todos suportados em diferentes graus anteriormente pelos filósofos teológicos judeus, cristãos e muçulmanos, incluindo Rambam,[2]Agostinho de Hipona[2] e Al-Ghazali,[3] respectivamente. Muitos filósofos medievais notáveis desenvolveram argumentos para a existência de Deus,[3] tencionando combater as aparentes contradições implicadas por muitos destes atributos.
O latim Deus e divus, assim como o grego διϝος = "divino" descendem do Proto-Indo-Europeu*deiwos = "divino", mesma raiz que Dyēus, a divindade principal do panteão indo-europeu, igualmente cognato do grego Ζευς (Zeus). Na era clássica do latim o vocábulo era uma referência generalizante a qualquer figura endeusada e adorada pelos pagãos e atualmente no mundo cristão é usada hodiernamente em frases e slogans religiosos, como por exemplo, Deus sit vobiscum, variação de Dominus sit vobiscum, "o Senhor esteja convosco",o hino litúrgico católico Te Deum, proveniente de Te Deum Laudamus, "A Vós, ó Deus, louvamos"e a expressão que advém da tragédia grega Deus ex machina. Virgílio com Dabit deus his quoque finem, "Deus trará um fim à isto". O grito de guerra utilizado no Império Romano Tardio e no Império Bizantino, nobiscum deus, "Deus está conosco", assim como o grito das cruzadas Deus vult, "assim quer Deus", "esta é a vontade de Deus".
Em latim existiam as expressões interjectivas "O Deus meus" e "Mi Deus", correspondentes às seguintes formas neolatinas e germânicas:
A palavra Deus, através da forma declinada Dei, é a raiz de deísmo, panteísmo, panenteísmo, e politeísmo, ironicamente tratam-se todas de teorias na qual qualquer figura divina é ausente na intervenção da vida humana. Essa circunstância curiosa originou-se do uso de "deísmo" nos séculos XVII e XVIII como forma contrastante do prevalecente "teísmo".Deísmo é a crença em um Deus providente e interferente.
Seguidores dessas teorias e ocasionalmente, seguidores do panteísmo, podem vir a usar em variadas línguas, especialmente no inglês o termo "Deus" ou a expressão "o Deus" (the God), para deixar claro de que a entidade discutida não trata-se de um Deus teísta. Arthur C. Clarke usou-o em seu romance futurista, 3001: The Final Odyssey. Nele, o termo "Deus" substituiu "God" no longínquo século XXXI, pois "God" veio a ser associado com fanatismo religioso. A visão religiosa que prevalece em seu mundo fictício é o Deísmo.
São Jerônimo traduziu a palavra hebraica Elohim (אֱלוֹהִים, אלהים) para o latim como Deus.
A palavra pode assumir conotações negativas em algumas utilizações. Na filosofia cartesiana, a expressão Deus deceptor é usada para discutir a possibilidade de um "Deus malévolo" que procura iludir-nos. Esse personagem tem relação com um argumento cético que questiona até onde um demônio ou espírito mau teria êxito na tentativa de impedir ou subverter o nosso conhecimento.
Outra é deus otiosus ("Deus ocioso"), um conceito teológico para descrever a crença num Deus criador que se distancia do mundo e não se envolve em seu funcionamento diário.
Um conceito similar é deus absconditus ("Deus absconso ou escondido") de São Tomás de Aquino.
Ambas referem-se à uma divindade cuja existência não é prontamente reconhecida nem através de contemplação ou exame ocular de ações divinas in loco. O conceito de deus otiosus frequentemente sugere um Deus que extenuou-se da ingerência que tinha neste mundo e que foi substituído por deuses mais jovens e ativos que efetivamente se envolvem, enquanto deus absconditus sugere um Deus que conscientemente abandonou este mundo para ocultar-se alhures.
A forma mais antiga de escrita da palavra germânica Deus vem do Codex Argenteus cristão do século VI. A própria palavra inglesa é derivada da Proto-Germânica "ǥuđan". A maioria dos lingüistas concordam que a forma reconstruída da Proto-Indo-Européia (ǵhu-tó-m) foi baseada na raiz (ǵhau(ə)-), que significa também "chamar" ou "invocar".[4]
A forma capitalizada Deus foi primeiramente usada na tradução gótica Wulfila do Novo Testamento, para representar o grego "Theos". Na língua inglesa, a capitalização continua a representar uma distinção entre um "Deus" monoteísta e "deuses" no politeísmo.[5] Apesar das diferenças significativas entre religiões como o Cristianismo, Islamismo, Hinduísmo, a Fé Bahá'í e o Judaísmo, o termo "Deus" permanece como uma tradução inglesa comum a todas. O nome pode significar deidades monoteísticas relacionadas ou similares, como no monoteísmo primitivo de Akhenaton e Zoroastrismo.
Deus também pode receber um nome próprio em correntes monoteísticas do hinduísmo que enfatizam sua natureza pessoal, com referências primitivas ao seu nome como Krishna-Vasudeva na Bhagavata ou posteriormente Vixnu e Hari,[7] ou recentemente Shakti.
É difícil desenhar uma linha entre os nomes próprios e epítetas de Deus, como os nomes e títulos de Jesus no Novo Testamento, os nomes de Deus no Qur'an ou Alcorão ou Corão, e as várias listas de milhares de nomes de Deus e a lista de títulos e nomes de Krishna no Vixnuísmo.
Nas religiões monoteístas atuais (Cristianismo, judaísmo, zoroastrismo, islamismo, sikhismo e a Fé Bahá'í), o termo "Deus" refere-se à ideia de um ser supremo, infinito, perfeito, criador do universo, que seria a causa primária e o fim de todas as coisas. Os povos da mesopotâmia o chamavam pelo Nome, escrito em hebraicoTetragrama YHVH). Mas com o tempo deixaram de pronunciar o seu nome diretamente, apenas se referindo por meio de associações e abreviações, ou através de adjetivos como "O Salvador", "O Criador" ou "O Supremo", e assim por diante. como יהוה (o
Um bom exemplo desse tipo de associação, ainda estão presentes em alguns nomes e expressões hebraicos, como Rafael ("curado por Deus" - El), e árabes, por exemplo Abdallah ("servo - abd - de Deus" - Allah).
Muitas traduções das Bíblias cristãs grafam a palavra, opcionalmente, com a inicial em maiúscula, ou em versalete (DEUS), substituindo a transcrição referente ao tetragrama, YHVH, conjuntamente com o uso de SENHOR em versalete, para referenciar que se tratava do impronunciável nome de Deus, que na cultura judaica era substituído pela pronúncia Adonay.
As principais características deste Deus-Supremo seriam:
As concepções abraâmicas de Deus incluem a visão cristã da trindade, a definição cabalística de Deus do misticismo judaico, e os conceitos islâmicos de Deus.
As religiões indianas diferem no seu ponto de vista do divino: pontos de vista de Deus no hinduísmo variam de região para região, seita, e de casta, que vão desde as monoteístas até as politeístas; o ponto de vista de Deus no budismo praticamente não é teísta.
Nos tempos modernos, mais alguns conceitos abstratos foram desenvolvidos, tais como teologia do processoteísmo aberto. Concepções de Deus formuladas por pessoas individuais variam tanto que não há claro consenso sobre a natureza de Deus.[9] O filósofo francês contemporâneo Michel Henry tem proposto entretanto uma definição fenomenológica de Deus como a essência fenomenológica da vida. e
Muitos argumentos desenvolvidos por filósofos medievais para a existência de Deus,[3] tentaram compreender as implicações precisas dos atributos de Deus. Conciliar alguns desses atributos gerou problemas filosóficos e debates importantes. Por exemplo, a onisciência de Deus implica que Deus sabe como agentes livres irão escolher para agir. Se Deus sabe isso, a aparente vontade deles pode ser ilusória, ou o conhecimento não implica predestinação, e se Deus não sabe, então não é onisciente.[10]
Os últimos séculos de filosofia tem-se visto vigorosas perguntas sobre a argumentos para a existência de Deus levantadas pelos filósofos, tais como Immanuel Kant, David Hume e Antony Flew, apesar de Kant considerar que o argumento de moralidade era válido.
A resposta teísta tem sido de questionamentos, como Alvin Plantinga, que a fé é "adequadamente básica", ou a tomar, como Richard Swinburne, a posição evidencialista.[11] Alguns teístas concordam que nenhum dos argumentos para a existência de Deus são vinculativos, mas alegam que a fé não é um produto da razão, mas exige risco. Não haveria risco, dizem, se os argumentos para a existência de Deus fossem tão sólidos quanto as leis da lógica, uma posição assumida por Pascal como: "O coração tem razões que a razão não conhece."[12]
A maior parte das grandes religiões consideram a Deus, não como uma metáfora, mas um ser que influencia a existência de cada um no dia-a-dia. Muitos fiéis acreditam na existência de outros seres espirituais, e dão a eles nomes como anjos, santos, djinni, demônios, e devas.
A teologia católica sustenta que Deus é infinitamente simples, e não está sujeito involuntariamente ao tempo. A maioria dos teístas asseguram que Deus é onipotente, onisciente e benevolente, embora esta crença levante questões acerca da responsabilidade de Deus para o mal e sofrimento no mundo. Alguns teístas atribuem a Deus uma auto-consciência ou uma proposital limitação da onipotência, onisciência, ou benevolência.
O Teísmo aberto, pelo contrário, afirma que, devido à natureza do tempo, a onisciência de Deus não significa que a divindade pode prever o futuro. O "Teísmo" é por vezes utilizado para se referir, em geral, para qualquer crença em um Deus ou deuses, ou seja, politeísmo ou monoteísmo.[13][14]
O Deísmo afirma que Deus é totalmente transcendente: Deus existe, mas não intervém no mundo para além do que era necessário para criá-lo. Em vista desta situação, Deus não é antropomórfico, e não responde literalmente às orações ou faz milagres acontecerem. É comum no deísmo a crença de que Deus não tem qualquer interesse na humanidade e pode nem sequer ter conhecimento dela.
O pandeísmo e o panendeísmo, respectivamente, combinam as crenças do deísmo com o panteísmo ou panenteísmo.
Outro ponto de vista, exposto por Richard Dawkins, é que a existência de Deus é uma questão empírica, com o fundamento de que "um universo com um deus seria um tipo completamente diferente de um universo sem deus, e poderia ser uma diferença científica ".[16]
Carl Sagan argumentou que a doutrina de um Criador do Universo era difícil de provar ou rejeitar e que a única descoberta científica concebível que poderia trazer desafio seria um universo infinitamente antigo.[17]
Da mesma forma, Émile Durkheim foi um dos primeiros a sugerir que os deuses representam uma extensão da vida social humana para incluir os seres sobrenaturais. Em linha com esse raciocínio, o psicólogo Matt Rossano afirma que quando os humanos começaram a viver em grupos maiores, eles podem ter criado os deuses como um meio de garantir a moralidade. Em pequenos grupos, a moralidade pode ser executada por forças sociais, como a fofoca ou a reputação. No entanto, é muito mais difícil impor a moral usando as forças sociais em grupos muito maiores. Ele indica que, ao incluir sempre deuses e espíritos atentos, os humanos descobriram uma estratégia eficaz para a contenção do egoísmo e a construção de grupos mais cooperativos.[21]
O anarquista Mikhail Bakunin critica a idéia de Deus como sendo uma idéia criada pelas elites (reis, senhores de escravos, senhores feudais, sacerdotes, capitalistas) que busca justificar a sociedade autoritária projetando ideologicamente as relações de dominação para o universo como um todo (Deus como senhor ou rei e o universo como escravo ou súdito). A idéia de Deus serviria como um instrumento de dominação cuja função seria fazer os dominados aceitarem sua exploração como se fosse um fato natural, cósmico e eterno, ou seja, um fato do qual não podem fugir, restando-lhes apenas a opção de resignarem-se.[22]
Ao longo da história da humanidade a ideia ou compreensão de Deus assumiu várias concepções em todas sociedades e grupos já existentes, desde as primitivas formas pré-clássicas das crenças provenientes das tribos da Antiguidade até os dogmas das modernas religiões da civilização atual.
Deus muitas vezes é expressado como o criador e Senhor do universo. Teólogos tem relacionado uma variedade de atributos para concepções de Deus muito diferentes. Os mais comuns entre essas incluem onisciência, onipotência, onipresença, benevolência (bondade perfeita), simplicidade divina, zelo, sobrenatural, eternidade e de existência necessária.
Deus também tem sido compreendido como sendo incorpóreo, um ser com personalidade divina, a fonte de toda a obrigação moral, e o "maior existente".[1]
Estes atributos foram todos suportados em diferentes graus anteriormente pelos filósofos teológicos judeus, cristãos e muçulmanos, incluindo Rambam,[2]Agostinho de Hipona[2] e Al-Ghazali,[3] respectivamente. Muitos filósofos medievais notáveis desenvolveram argumentos para a existência de Deus,[3] tencionando combater as aparentes contradições implicadas por muitos destes atributos.
Índice[esconder] |
[editar] Etimologia e uso
O latim Deus e divus, assim como o grego διϝος = "divino" descendem do Proto-Indo-Europeu*deiwos = "divino", mesma raiz que Dyēus, a divindade principal do panteão indo-europeu, igualmente cognato do grego Ζευς (Zeus). Na era clássica do latim o vocábulo era uma referência generalizante a qualquer figura endeusada e adorada pelos pagãos e atualmente no mundo cristão é usada hodiernamente em frases e slogans religiosos, como por exemplo, Deus sit vobiscum, variação de Dominus sit vobiscum, "o Senhor esteja convosco",o hino litúrgico católico Te Deum, proveniente de Te Deum Laudamus, "A Vós, ó Deus, louvamos"e a expressão que advém da tragédia grega Deus ex machina. Virgílio com Dabit deus his quoque finem, "Deus trará um fim à isto". O grito de guerra utilizado no Império Romano Tardio e no Império Bizantino, nobiscum deus, "Deus está conosco", assim como o grito das cruzadas Deus vult, "assim quer Deus", "esta é a vontade de Deus".
Em latim existiam as expressões interjectivas "O Deus meus" e "Mi Deus", correspondentes às seguintes formas neolatinas e germânicas:
- Português: (Oh) meu Deus! (Ah) meu Deus! Deus meu!
- Catalão: Déu meu!
- Castelhano: ¡(Ay) Dios mio!
- Aragonês: Ai ridiós!
- Francês: (Oh) Mon Dieu!
- Bretão: Ma Doue!
- Italiano: Dio Santo! Dio mio!
- Romeno: (O) Doamne! Dumnezeule!
- Inglês: Oh my God! As variações Oh my Gosh!, Oh, My! Oh my Goodness! se dão devido ao forte tabu cristão.
- Alemão: (Ach)/(O) mein Gott!
- Holandês: O, mijn God!
- Dinamarquês: Åh Gud!
- Norueguês: Herregud! Herre Gud!
- Sueco: Oh Herregud! Oh min gud!
- Esperanto: Mia Dio!
A palavra Deus, através da forma declinada Dei, é a raiz de deísmo, panteísmo, panenteísmo, e politeísmo, ironicamente tratam-se todas de teorias na qual qualquer figura divina é ausente na intervenção da vida humana. Essa circunstância curiosa originou-se do uso de "deísmo" nos séculos XVII e XVIII como forma contrastante do prevalecente "teísmo".Deísmo é a crença em um Deus providente e interferente.
Seguidores dessas teorias e ocasionalmente, seguidores do panteísmo, podem vir a usar em variadas línguas, especialmente no inglês o termo "Deus" ou a expressão "o Deus" (the God), para deixar claro de que a entidade discutida não trata-se de um Deus teísta. Arthur C. Clarke usou-o em seu romance futurista, 3001: The Final Odyssey. Nele, o termo "Deus" substituiu "God" no longínquo século XXXI, pois "God" veio a ser associado com fanatismo religioso. A visão religiosa que prevalece em seu mundo fictício é o Deísmo.
São Jerônimo traduziu a palavra hebraica Elohim (אֱלוֹהִים, אלהים) para o latim como Deus.
A palavra pode assumir conotações negativas em algumas utilizações. Na filosofia cartesiana, a expressão Deus deceptor é usada para discutir a possibilidade de um "Deus malévolo" que procura iludir-nos. Esse personagem tem relação com um argumento cético que questiona até onde um demônio ou espírito mau teria êxito na tentativa de impedir ou subverter o nosso conhecimento.
Outra é deus otiosus ("Deus ocioso"), um conceito teológico para descrever a crença num Deus criador que se distancia do mundo e não se envolve em seu funcionamento diário.
Um conceito similar é deus absconditus ("Deus absconso ou escondido") de São Tomás de Aquino.
Ambas referem-se à uma divindade cuja existência não é prontamente reconhecida nem através de contemplação ou exame ocular de ações divinas in loco. O conceito de deus otiosus frequentemente sugere um Deus que extenuou-se da ingerência que tinha neste mundo e que foi substituído por deuses mais jovens e ativos que efetivamente se envolvem, enquanto deus absconditus sugere um Deus que conscientemente abandonou este mundo para ocultar-se alhures.
A forma mais antiga de escrita da palavra germânica Deus vem do Codex Argenteus cristão do século VI. A própria palavra inglesa é derivada da Proto-Germânica "ǥuđan". A maioria dos lingüistas concordam que a forma reconstruída da Proto-Indo-Européia (ǵhu-tó-m) foi baseada na raiz (ǵhau(ə)-), que significa também "chamar" ou "invocar".[4]
A forma capitalizada Deus foi primeiramente usada na tradução gótica Wulfila do Novo Testamento, para representar o grego "Theos". Na língua inglesa, a capitalização continua a representar uma distinção entre um "Deus" monoteísta e "deuses" no politeísmo.[5] Apesar das diferenças significativas entre religiões como o Cristianismo, Islamismo, Hinduísmo, a Fé Bahá'í e o Judaísmo, o termo "Deus" permanece como uma tradução inglesa comum a todas. O nome pode significar deidades monoteísticas relacionadas ou similares, como no monoteísmo primitivo de Akhenaton e Zoroastrismo.
[editar] Nome
Deus também pode receber um nome próprio em correntes monoteísticas do hinduísmo que enfatizam sua natureza pessoal, com referências primitivas ao seu nome como Krishna-Vasudeva na Bhagavata ou posteriormente Vixnu e Hari,[7] ou recentemente Shakti.
É difícil desenhar uma linha entre os nomes próprios e epítetas de Deus, como os nomes e títulos de Jesus no Novo Testamento, os nomes de Deus no Qur'an ou Alcorão ou Corão, e as várias listas de milhares de nomes de Deus e a lista de títulos e nomes de Krishna no Vixnuísmo.
Nas religiões monoteístas atuais (Cristianismo, judaísmo, zoroastrismo, islamismo, sikhismo e a Fé Bahá'í), o termo "Deus" refere-se à ideia de um ser supremo, infinito, perfeito, criador do universo, que seria a causa primária e o fim de todas as coisas. Os povos da mesopotâmia o chamavam pelo Nome, escrito em hebraicoTetragrama YHVH). Mas com o tempo deixaram de pronunciar o seu nome diretamente, apenas se referindo por meio de associações e abreviações, ou através de adjetivos como "O Salvador", "O Criador" ou "O Supremo", e assim por diante. como יהוה (o
Um bom exemplo desse tipo de associação, ainda estão presentes em alguns nomes e expressões hebraicos, como Rafael ("curado por Deus" - El), e árabes, por exemplo Abdallah ("servo - abd - de Deus" - Allah).
Muitas traduções das Bíblias cristãs grafam a palavra, opcionalmente, com a inicial em maiúscula, ou em versalete (DEUS), substituindo a transcrição referente ao tetragrama, YHVH, conjuntamente com o uso de SENHOR em versalete, para referenciar que se tratava do impronunciável nome de Deus, que na cultura judaica era substituído pela pronúncia Adonay.
As principais características deste Deus-Supremo seriam:
- a Onipotência: poder absoluto sobre todas as coisas;
- a Onipresença: poder de estar presente em todo lugar; e:
- a Onisciência: poder de saber tudo.
- o Bagavadguitá, dos hinduístas;
- o Tipitaka, dos budistas;
- o Tanakh, dos judeus;
- o Avesta, dos zoroastrianos;
- a Bíblia, dos cristãos;
- o Livro de Mórmon, dos santos dos últimos dias;
- o Alcorão, dos islâmicos;
- o Guru Granth Sahib dos sikhs;
- o Kitáb-i-Aqdas, dos bahá'ís;
- Abraão e Moisés, na fé judaica, cristã e islâmica;
- Zoroastro, na fé zoroastriana;
- Krishna, na fé hindu;
- Buda, na fé budista;
- Jesus Cristo, na fé cristã e islâmica;
- Maomé, na fé islâmica;
- Guru Nanak, no sikhismo, e;
- Báb e Bahá'u'lláh, na fé Bahá'í
[editar] A existência de Deus
- Deísmo – Doutrina que considera a razão como a única via capaz de nos assegurar da existência de Deus, rejeitando, para tal fim, o ensinamento ou a prática de qualquer religião organizada. O deísmo é uma postura filosófica-religiosa que admite a existência de um Deus criador, mas rejeita a idéia de revelação divina.
- Teísmo – O teísmo é um conceito surgido no século XVII,[8] contrapondo-se ao moderno ateísmo, deísmo e panteísmo. O teísmo sustenta a existência de um Deus (contra o ateísmo), ser absoluto transcendental (contra o panteísmo), pessoal, vivo, que atua no mundo através de sua providência e o mantém (contra o deísmo). No teísmo a existência de um Deus pode ser provada pela razão, prescindindo da revelação; mas não a nega. Seu ramo principal é o teísmo Cristão, que fundamenta sua crença em Deus na Sua revelação sobrenatural através da Bíblia. Existe ainda o teísmo agnóstico, que é a filosofia que engloba tanto o teísmo quanto o agnosticismo. Um teísta agnóstico é alguém que admite não poder ter conhecimento algum acerca de Deus, mas decide acreditar em Deus mesmo assim. A partir do teísmo se desenvolve a Teologia, que é encarada principalmente, mas não exclusivamente, do ponto de vista da fé. Embora tenha suas raízes no teísmo, pode ser aplicada e desenvolvida no âmbito de todas as religiões. Não deve ser confundida com o estudo e codificação dos rituais e legislação de cada credo.
- Ateísmo – O ateísmo engloba tanto a negação da existência de divindades quanto a simples ausência da crença em sua existência.
- Agnosticismo – Dentro da visão agnóstica, não é possível provar racional e cientificamente a existência de Deus, como também é igualmente impossível provar a sua inexistência. O agnóstico pode ser teísta ou ateísta, dependendo da posição pessoal de acreditar (sem certeza) na existência ou não de divindades.
[editar] Concepções de Deus
As concepções abraâmicas de Deus incluem a visão cristã da trindade, a definição cabalística de Deus do misticismo judaico, e os conceitos islâmicos de Deus.
As religiões indianas diferem no seu ponto de vista do divino: pontos de vista de Deus no hinduísmo variam de região para região, seita, e de casta, que vão desde as monoteístas até as politeístas; o ponto de vista de Deus no budismo praticamente não é teísta.
Nos tempos modernos, mais alguns conceitos abstratos foram desenvolvidos, tais como teologia do processoteísmo aberto. Concepções de Deus formuladas por pessoas individuais variam tanto que não há claro consenso sobre a natureza de Deus.[9] O filósofo francês contemporâneo Michel Henry tem proposto entretanto uma definição fenomenológica de Deus como a essência fenomenológica da vida. e
- Doutrina espírita – Considera Deus a inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas, eterno, imutável, imaterial, único, onipotente e soberanamente justo e bom. Todas as leis da natureza são leis divinas, pois Deus é seu autor.
- Martinismo – Nesta doutrina, podemos encontrar no livro Corpus Hermeticum a seguinte citação: "vejo o Todo, vejo-me na mente… No céu eu estou, na terra, nas águas, no ar; estou nos animais, nas plantas. Estou no útero, antes do útero, após o útero -estou em todos os lugares."
- Teosofia, baseada numa interpretação não-ortodoxa das doutrinas místicas orientais e ocidentais, afirma que o Universo é, em sua essência, espiritual e o homem é um ser espiritual em progresso evolutivo cujo ápice é conhecer e integrar a Realidade Fundamental, que é Deus.
- Algumas pessoas especulam que Deus ou os deuses são seres extra-terrestres. Muitas dessas teorias sustentam que seres inteligentes provenientes de outros planetas visitaram a Terra no passado e influenciaram no desenvolvimento das religiões. Alguns livros, como o livro "Eram os Deuses Astronautas?" de Erich von Däniken, propõem que tanto os profetas como também os messias foram enviados ao nosso mundo com o objetivo exclusivo de ensinar conceitos morais e encorajar o desenvolvimento da civilização.
- Especula-se também que toda a religiosidade do homem criará no futuro uma entidade chamada Deus, a qual emergirá de uma inteligência artificial. Arthur Charles Clarke, um escritor de ficção científica, disse em uma entrevista que: "Pode ser que nosso destino nesse planeta não seja adorar a Deus, mas sim criá-Lo".
- Outros especulam que as religiões e mitos são derivados do medo. Medo da morte, medo das doenças, medo das calamidades, medo dos predadores, medo do desconhecido. Com o passar do tempo, essas religiões foram subjugadas sob a tutela das autoridades dominantes, as quais se transformaram em governantes divinos ou enviados pelos deuses.
Dessa forma, a religião é simplesmente um meio para se dominar a massa. Napoleão Bonaparte disse que: "o povo não precisa de Deus, mas precisa de religião", o que quer dizer que a massa necessita de uma doutrina que lhe discipline e lhe estabeleça um rumo, sendo que Deus é um detalhe meramente secundário.
[editar] Abordagens teológicas
Muitos argumentos desenvolvidos por filósofos medievais para a existência de Deus,[3] tentaram compreender as implicações precisas dos atributos de Deus. Conciliar alguns desses atributos gerou problemas filosóficos e debates importantes. Por exemplo, a onisciência de Deus implica que Deus sabe como agentes livres irão escolher para agir. Se Deus sabe isso, a aparente vontade deles pode ser ilusória, ou o conhecimento não implica predestinação, e se Deus não sabe, então não é onisciente.[10]
Os últimos séculos de filosofia tem-se visto vigorosas perguntas sobre a argumentos para a existência de Deus levantadas pelos filósofos, tais como Immanuel Kant, David Hume e Antony Flew, apesar de Kant considerar que o argumento de moralidade era válido.
A resposta teísta tem sido de questionamentos, como Alvin Plantinga, que a fé é "adequadamente básica", ou a tomar, como Richard Swinburne, a posição evidencialista.[11] Alguns teístas concordam que nenhum dos argumentos para a existência de Deus são vinculativos, mas alegam que a fé não é um produto da razão, mas exige risco. Não haveria risco, dizem, se os argumentos para a existência de Deus fossem tão sólidos quanto as leis da lógica, uma posição assumida por Pascal como: "O coração tem razões que a razão não conhece."[12]
A maior parte das grandes religiões consideram a Deus, não como uma metáfora, mas um ser que influencia a existência de cada um no dia-a-dia. Muitos fiéis acreditam na existência de outros seres espirituais, e dão a eles nomes como anjos, santos, djinni, demônios, e devas.
[editar] Teísmo e deísmo
O teísmo sustenta que Deus existe realmente, objetivamente, e independentemente do pensamento humano, sustenta que Deus criou tudo; que é onipotente e eterno, e é pessoal, interessado, e responde às orações. Afirma que Deus é tanto imanente e transcendente, portanto, Deus é infinito e de alguma forma, presente em todos os acontecimentos do mundo.A teologia católica sustenta que Deus é infinitamente simples, e não está sujeito involuntariamente ao tempo. A maioria dos teístas asseguram que Deus é onipotente, onisciente e benevolente, embora esta crença levante questões acerca da responsabilidade de Deus para o mal e sofrimento no mundo. Alguns teístas atribuem a Deus uma auto-consciência ou uma proposital limitação da onipotência, onisciência, ou benevolência.
O Teísmo aberto, pelo contrário, afirma que, devido à natureza do tempo, a onisciência de Deus não significa que a divindade pode prever o futuro. O "Teísmo" é por vezes utilizado para se referir, em geral, para qualquer crença em um Deus ou deuses, ou seja, politeísmo ou monoteísmo.[13][14]
O Deísmo afirma que Deus é totalmente transcendente: Deus existe, mas não intervém no mundo para além do que era necessário para criá-lo. Em vista desta situação, Deus não é antropomórfico, e não responde literalmente às orações ou faz milagres acontecerem. É comum no deísmo a crença de que Deus não tem qualquer interesse na humanidade e pode nem sequer ter conhecimento dela.
O pandeísmo e o panendeísmo, respectivamente, combinam as crenças do deísmo com o panteísmo ou panenteísmo.
[editar] Posições científicas e críticas a respeito da ideia de Deus
Stephen Jay Gould propôs uma abordagem dividindo o mundo da filosofia no que ele chamou de "magistérios não sobrepostos". Nessa visão, as questões do sobrenatural, tais como as relacionadas com a existência e a natureza de Deus, são não-empíricas e estão no domínio próprio da teologia. Os métodos da ciência devem ser utilizadas para responder a qualquer questão empírica sobre o mundo natural, e a teologia deve ser usada para responder perguntas sobre o propósito e o valor moral. Nessa visão, a percepção de falta de qualquer passo empírico do magistério do sobrenatural para eventos naturais faz da ciência o único ator no mundo natural.[15]Outro ponto de vista, exposto por Richard Dawkins, é que a existência de Deus é uma questão empírica, com o fundamento de que "um universo com um deus seria um tipo completamente diferente de um universo sem deus, e poderia ser uma diferença científica ".[16]
Carl Sagan argumentou que a doutrina de um Criador do Universo era difícil de provar ou rejeitar e que a única descoberta científica concebível que poderia trazer desafio seria um universo infinitamente antigo.[17]
[editar] Antropomorfismo
Da mesma forma, Émile Durkheim foi um dos primeiros a sugerir que os deuses representam uma extensão da vida social humana para incluir os seres sobrenaturais. Em linha com esse raciocínio, o psicólogo Matt Rossano afirma que quando os humanos começaram a viver em grupos maiores, eles podem ter criado os deuses como um meio de garantir a moralidade. Em pequenos grupos, a moralidade pode ser executada por forças sociais, como a fofoca ou a reputação. No entanto, é muito mais difícil impor a moral usando as forças sociais em grupos muito maiores. Ele indica que, ao incluir sempre deuses e espíritos atentos, os humanos descobriram uma estratégia eficaz para a contenção do egoísmo e a construção de grupos mais cooperativos.[21]
O anarquista Mikhail Bakunin critica a idéia de Deus como sendo uma idéia criada pelas elites (reis, senhores de escravos, senhores feudais, sacerdotes, capitalistas) que busca justificar a sociedade autoritária projetando ideologicamente as relações de dominação para o universo como um todo (Deus como senhor ou rei e o universo como escravo ou súdito). A idéia de Deus serviria como um instrumento de dominação cuja função seria fazer os dominados aceitarem sua exploração como se fosse um fato natural, cósmico e eterno, ou seja, um fato do qual não podem fugir, restando-lhes apenas a opção de resignarem-se.[22]
Referências
- ↑ a b Swinburne, R.G. "God" in Honderich, Ted. (ed)The Oxford Companion to Philosophy, Oxford University Press, 1995.
- ↑ a b c d Edwards, Paul. "Deus e os filósofos" em Honderich, Ted. (ed)The Oxford Companion to Philosophy, Oxford University Press, 1995.
- ↑ a b c d Plantinga, Alvin. "Deus, Argumentos para a sua Existência," Enciclopédia Routledge de Filosofia, Routledge, 2000.
- ↑ A etimologia ulterior é disputada. Aparte da hipótese improvável de adoção de uma língua estrangeira, o OTeut. "ghuba" implica como seu tipo pretérito também "*ghodho-m" ou "*ghodto-m". O anterior não parece admitir explicação; mas o posterior representaria o neutro "pple" da raiz "gheu-". Existem duas raízes arianas da forma requerida ("*g,heu-" with palatal aspirate) uma significando 'invocar' (Skr. "hu") a outra "a derramar, para oferecer sacrifícios" (Skr "hu", Gr. χεηi;ν, OE "geotàn" Yete v). OED Compact Edition, G, p. 267
- ↑ Michaelis Deus - sm (lat Deus) (em português). "1 O Ser supremo; o espírito infinito e eterno, criador e preservador do Universo. 2 Teol Ente tríplice e uno, infinitamente perfeito, livre e inteligente, criador e regulador do Universo. 3 Cada uma das pessoas da Santíssima Trindade. 4 Indivíduo ou personagem que, por qualidades extraordinárias, se impõe à adoração ou ao amor dos homens. 5 Objeto de um culto, ou de um desejo ardente que se antepõe a todos os outros desejos ou afetos. 6 Cada uma das divindades masculinas do politeísmo. Pl: deuses. Fem: Deusa. Deus-dará: na locução adverbial ao deus-dará: à toa, descuidadamente, a esmo, ao acaso. Nem à mão de Deus Padre: por forma nenhuma, apesar de todas as contradições."
- ↑ Barton, G. A.. A Sketch of Semitic Origins: Social and Religious. [S.l.]: Kessinger Publishing, 2006.
- ↑ Hastings 2003, p. 540.
- ↑ R. Cudworth, 1678.
- ↑ DOES GOD MATTER? A Social-Science Critique. by Paul Froese and Christopher Bader. Página visitada em 2007-05-28.
- ↑ Wierenga, Edward R. "Divino conhecimento", em Audi, Robert. The Cambridge Companion to Philosofy. Cambridge University Press, 2001.
- ↑ Beaty, Michael (1991). "God Among the Philosophers". The Christian Century.
- ↑ Pascal, Blaise. Pensées, 1669.
- ↑ Philosophy of Religion.info - Glossary - Theism, Atheism, and Agonisticism. Philosophy of Religion.info. Página visitada em 16 de julho de 2008.
- ↑ Theism - definiton of thesim by the Free Online Dictionary, Thesaurus and Encyclopedia. TheFreeDictionary. Página visitada em 16 de julho de 2008.
- ↑ Dawkins, Richard. The God Delusion. Great Britain: Bantam Press, 2006.
- ↑ Dawkins, Richard. Why There Almost Certainly Is No God. The Huffington Post. Página visitada em 2007-01-10.
- ↑ Sagan, Carl. The Demon Haunted World p.278. New York: Ballantine Books, 1996.
- ↑ Boyer, Pascal. Religion Explained,. New York: Basic Books, 2001. pp. 142–243.
- ↑ du Castel, Bertrand. Computer Theology,. Austin, Texas: Midori Press, 2008. pp. 221–222.
- ↑ Barrett, Justin (1996). "Conceptualizing a Nonnatural Entity: Anthropomorphism in God Concepts" (PDF).
- ↑ Rossano, Matt (2007). "Supernaturalizing Social Life: Religion and the Evolution of Human Cooperation" (PDF).
- ↑ Mikhail Bakunin, Deus e o Estado (1882) [1]
[editar] Ver também
- Divindade
- Deidade
- Nomes de Deus
- Tetragrama YHVH
- Sociedade matriarcal
- Deusa mãe
- Argumentos pela existência de Deus
- Argumentos contra a existência de Deus
- Ateísmo
- Deus está morto - frase de Friedrich Nietzsche (1844-1900)
- Deus no cristianismo
- Teontologia
- Deus no catolicismo
Escatologia
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